Posse de bola ganha jogo? Veja quais times trocam mais passes no Brasileirão
Confira os times que se destacam neste aspecto
Estamos vivendo a época do futebol da posse de bola, com Pep Guardiola sendo o técnico vanguardista da era do “tiki-taka”, desde os tempos de Barcelona até seu atual trabalho no Manchester City. Dentro do Brasil, há treinadores que visam aplicar os mesmos conceitos – ou pelo menos semelhantes – nos times do Brasileirão. Hoje (28/01), mostraremos quais times trocam mais passes.
Afinal, posse de bola ganha jogo? Este é um debate histórico no futebol e que pode nos trazer diversas interpretações. Algumas delas, inclusive, ruins.
É comum durante as transmissões de jogos de futebol que narradores e comentaristas falem sobre o time que mais tem a posse de bola no momento, principalmente quando é mostrado na tela a estatística que define a porcentagem de tempo que cada equipe tem a redonda nos pés.
Ter a bola em seu domínio não é, necessariamente, uma obrigação de fazer muitos gols. Porém, é fundamental para conter o adversário e, assim, evitar correr riscos. Neste caso, não é um comentário e sim uma constatação.
Porém, nos tempos de hoje, a posse de bola significa que um determinado time tem condição de “jogar bonito” e geralmente recebe elogios por este estilo. É o caso de treinadores como Fernando Diniz e Jorge Sampaolli, por exemplo.
Mas, será que ter a posse de bola significa estar bem na classificação do Brasileirão? Continue lendo e saiba quem troca mais passes no campeonato.
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Os times com mais posse de bola no Brasileirão
Flamengo, Atlético Mineiro e São Paulo têm em comum, neste Brasileirão, o fato de estarem brigando entre os cinco melhores durante toda a competição e também a filosofia de jogo baseada na posse de bola como estilo principal.
E são justamente estes os times que mais costumam ter a bola nos pés durante seus jogos e, por consequência, trocam mais passes.
O Flamengo foi dirigido por Jorge Jesus até o meio do ano passado, justamente com um estilo de jogo focado em ter o controle do jogo por meio da posse. Torrent, espanhol que justamente foi “formado” por Pep Guardiola, intensificou esta ideia e, atualmente, Rogério Ceni também aplica este conceito.
O resultado de um trabalho do Flamengo focado nos passes curtos é ter, em média, 58% da bola nos pés em cada jogo que disputa.
Porém, como é alvo de debate, a posse de bola pura não representa que um time vai vencer os jogos.
Dando sequência ao ranking, o Atlético Mineiro, de Sampaolli, tem 57,3% de posse por jogo.
Já Fernando Diniz, conhecido por ser o técnico do “tiki-taka” no Brasil, vê sua equipe ter a bola nos pés por 57% em média.
E quanto ao número de passes?
A estatística de posse e de passes certos se confundem, pois só quem tem a bola por muito tempo conseguirá trocar muitos passes. Por essa razão, os três times citados acima aparecem como os líderes do ranking.
O São Paulo é quem mais troca passes certos no Brasileirão, com 14.953 em 32 jogos. A média é de 504.3 por partida.
O Flamengo aparece em segundo lugar, com 14.588 passes certos e uma média maior, de 509.6 por jogo.
Isso porque, a equipe flamenguista tem uma partida a mais para disputar e fatalmente irá ultrapassar o São Paulo na liderança do ranking.
Inclusive, Flamengo e São Paulo são as únicas equipes que atingem uma média superior a 500 passes concluídos por jogo disputado.
O Atlético Mineiro tem 14.217 passes corretamente feitos e uma média de 484 por jogo.
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Os times que menos ficam com a bola nos pés
Na outra ponta do ranking, os times que menos têm posse de bola aparecem como as equipes que estão em piores colocações no campeonato.
Goiás, Sport, Coritiba, Bahia e Vasco estão entre os seis que menos acertam passes no campeonato.
Em contrapartida, o Ceará é a terceira equipe com menos posse de bola (45.1%) e está na primeira página da classificação. Isso demonstra que, mesmo com poucos passes, consegue executar um jogo direto e objetivo, geralmente focado no contra-ataque.
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