Ted Sarandos, CEO da Netflix, fez um comunicado dia 28 de maio se opondo a nova lei antiaborto da Georgia. Pois essa lei, que foi aprovada dia 7 de maio pelo gorvernador da Georgia, muda a regra dos abortos que acontecem no estado. Anteriormente era possível realizar o aborto até a vigésima semana de gravidez, agora só poderá até a sexta semana. Porém, ainda é um período que muitas mulheres ainda não descobriram estar grávidas. Por isso a Netflix e diversos outros estúdios estão pressionando contra tal medida. Já que a Geórgia é um estado que tem um alto lucro com a forte presença de estúdios de filmagens.
Veja a declaração do CEO da Netflix:
Temos muitas mulheres trabalhando em produções na Geórgia, cujos direitos, juntamente com milhões de outros, serão severamente restringidos por esta lei. É por isso que vamos trabalhar com a ACLU e outros meios para lutar contra isso no tribunal. Como a legislação ainda não foi implementada, continuaremos a filmar lá, além de apoiar parceiros e artistas que preferirem não fazer isso. Se isso entrar em vigor, repensaremos todo o nosso investimento na Georgia.
Entendendo a lei:
Atualmente o aborto é permitido no estado da Geórgia até a vigésima semana de gravidez. Mas, a lei que foi assinada pelo atual governador Brian Kemp, proibirá o aborto após seis semanas de gestação, que é um período onde diversas mulheres ainda não descobriram estar grávidas. A lei foi assinada dia 7 de maio, porém só entrará em vigor dia 1º de janeiro de 2020.
Como a saída da Netflix e outras produtoras afetaria a Geórgia:

Conhecida como a “ Hollywood do Sul”, o estado norte-americano se tornou, nos últimos anos, o terceiro maior centro de produção do País. Ficando atrás de Los Angeles e Nova York, graças a créditos fiscais de até 30%, entre os mais generosos do mundo, oferece para empresas de produção de séries e filmes.
O estado da Geórgia abriga diversos estúdios de filmagem e som. Diversas grandes produções foram gravadas lá. Algumas delas são: “Pantera Negra”, “Vingadores: Ultimato”, “Stranger Things”, “Ozark” e “The Walking Dead”. Por isso seria desastroso perder diversos contratos com os estúdios que lá ficam, já que geram altíssimos lucros para o Estado.
A Netflix não foi a única a se posicionar contra a lei. A Sony Pictures, Disney, AMC Networks e WarnerMedia são outras produtoras que já deram declarações aversas a lei. Só a Netflix possui mais de 50 produções programadas para acontecer lá.
Repercussão nas mídias sociais:
A declaração da Netflix dividiu os internautas. Alguns compartilharam que cancelariam suas assinaturas por ela ser contra a lei, enquantos diversos outros manifestaram apoio a decisão. Apesar de ter causado certo alvoçoro nas redes sociais, dificilmente a Netflix irá mudar seu posicionamento.