A Fórmula 1 não passará imune à crise provocada pela pandemia do novo coronavírus e isso deve se refletir no fornecimento de motores para as equipes. De acordo com Eddie Jordan, ex-dono da equipe que levava seu nome, três montadoras devem deixar a categoria nos próximos dois anos.
Falando ao canal de televisão alemão Sport1, Jordan afirmou que está convencido que Mercedes, Honda e talvez até mesmo a Renault devam deixar a Fórmula 1 de maneira total ou parcial. Sete dos dez times do grid usam motores dessas três montadoras. A Ferrari, além de produzir seus próprios propulsores, também os fornece para Haas e Alfa Romeo.
Fórmula 1: Jordan não vê razão para a Mercedes seguir como equipe
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O ex-dono da equipe onde Rubens Barrichello e Michael Schumacher estrearam na Fórmula 1 não enxerga motivos para a Mercedes seguir competindo como um time. Para ele, os alemães já ganharam tudo que poderiam ganhar e então passariam a fornecerem equipamentos, como feito nas décadas passadas com a McLaren.

Ainda sobre a Mercedes, Jordan acredita que a Petronas, uma as principais patrocinadoras, não seguirá com o time por muito tempo por conta da queda do preço do petróleo. Para ele, Ferrari, Red Bull e McLaren, junto com um possível retorno da Mercedes, formarão os pilares da categoria.
Fórmula 1: Brawn deve anunciar em breve novo teto orçamentário
Antes mesmo da crise do coronavírus se abater no mundo, a Fórmula 1 já discutia a redução de custos para 2021. Inicialmente o teto orçamentário seria de 175 milhões de dólares, cerca de 975 milhões de reais. Agora, com as dificuldades que as equipes devem atravessar, esse valor será reduzido ainda mais.
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O diretor esportivo da categoria, Ross Brawn, disse que o planejamento de um novo teto para o ano que vem está perto de ser concluído. Ele adiantou que o novo limite orçamentário deverá ficar na casa dos 145 milhões de dólares (ou 807 milhões de reais). Para 2022 esse teto deverá ser ainda menor, caindo para 130 milhões, cerca de 725 milhões de reais.
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